terça-feira, 30 de agosto de 2011

Fiscalização no Comperj deixa dúvida

Após as suspeitas de questões ambientais importantes sobre a construção do Comperj ficou mais difícil saber de como as obras são fiscalizadas. O INEA diz que o licenciamento é dividido pelos vários canteiros (são dezenas deles) e a prefeitura lembra ter poder de fiscalização através de condicionantes dos contratos da Petrobras com as empresas que constrói o Comperj. Mesmo assim, igual ao INEA, desconhece irregularidades e só atua em denúncias específicas enquanto sabidamente existem riscos que se chegarem a sofrer denúncias já teriam provocados danos irreparáveis, alguns, inclusive, com registro de óbito.
 “Existem várias estações de tratamento licenciadas e, na ocasião em que  você encaminhou sua informação, não havia informação sobre  irregularidades. Mas, para apurar uma situação específica, teríamos de saber qual estação ou qual canteiro de obras você se refere” respondeu a Comunicação do INEA, lembrando que fazem vistoria para a concessão das licenças  ambientais e para a verificação do cumprimento das condicionantes.
 Esse desdobramento já fez, em 2009, o MPF – RJ (Ministério Público Federal do Estado do Rio de Janeiro) pedir a suspensão das obras do Comperj. O Procurador da Republica, Lauro Coelho Junior, entre três observações para pedir a paralisação do projeto, apontava essa a de "o fracionamento da avaliação dos impactos ambientais” como fator que impossibilitava a Justiça de definir competências.
Comperj, fiscalizações e a população seguem alheias a tudo, pelo que pode parecer, já que noticias importantes para a segurança e a sustentabilidade do projeto aparece como se fossem do nada, como se ninguém tivesse mesmo responsabilidade, como o caso do tesouro anunciado pelo Museu Nacional na exposição  "Santo Antônio de Sá: primeira vila do Recôncavo da Guanabara" que só chegou até aos itaboraienses através de um jornal carioca.
Mapas de vulnerabilidade dão conta de centenas de possibilidade de acidentes com risco para a população extramuros do Comperj, conforme admitiu em entrevista recente, o professor do Departamento de Geoquímica da Universidade Federal Fluminense e coordenador da Rede UFF de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Júlio César de Faria Alvim Vasserman.
A capilaridade da Petrobras com o Comperj diretamente exige atenção especial em pelo menos dois outros municípios, sem contar Itaboraí.  São Gonçalo e Maricá dividem outras preocupações. No primeiro um porto marítimo e uma estrada que conflita sustentabilidade com a Baia de Guanabara e o Mangue e no segundo o caso de descarte de efluentes líquidos através de um emissário terrestre de 40 quilômetros que levaria o esgoto industrial do Comperj até Maricá, que recebe criticas e contestação.

Escrito por Wilian Oliveira   

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

21 tiros no peito da Justiça

 “Parecia fogos de artifícios”, disse assustada uma vizinha da juíza Patrícia Acioli ao ouvir o tiroteio. Ela ainda não sabia que às 23h30, da última quinta-feira (11), em frente à casa de dois andares, de fachada simples, na Rua dos Corais, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, um crime abalaria as entranhas de um poderes mais nobres do país. Os 21 tiros que mataram Acioli acertaram em cheio o ‘peito’ do Judiciário.

Considerada juíza do ‘martelo pesado’ por sua conduta rigorosa contra as injustiças, o corpo caído dentro do Fiat Idea Adventure era o retrato de um crime anunciado. Acioli não teve tempo de reagir. Dois criminosos encapuzados teriam feito os disparos. Duas motos e dois carros davam cobertura. O bando fugiu deixando um rastro de dúvidas e a pergunta: alguém pode calar a Justiça?
Após o crime, o filho da juíza, em prantos, quebrou o vidro do carro com uma pedra na tentativa de socorrer a mãe. Patrícia morreu nos braços do adolescente. Morreu nos braços de todas as vítimas de crimes que ela ajudou a desvendar e punir os culpados.

Correria, gritos e lamúrias. Após a morte de Acioli, o bucólico conjunto residencial Jardim Imbuí, no Timbau, em Piratininga, entra para história do país: foi o primeiro assassinato de um juiz criminal em 260 anos, no país.
Patrícia Acioli tinha 47 anos e 19 de magistratura. Ela deixa três filhos. Após o crime, centenas de policiais civis e militares seguiram para o local. A juíza foi assassinada após participar de um júri no Fórum de São Gonçalo. Sexta (12), ela participaria de uma audiência para expedir mandados de prisões contra policiais do 7º BPM (São Gonçalo) acusados de forjar um auto de resistência contra dois jovens assassinados no Complexo do Salgueiro.

De acordo com a polícia, Há indícios de Acioli ter sido alvo de uma emboscada. Segundo o Governo do Estado haverá uma rigososa apuração para averiguar o caso da juíza.

O governador Sérgio Cabral afirmou, sexta (12), que determinou à chefe da Polícia Civil, delegada Marta Rocha, todo o empenho para esclarecer o assassinato. O corpo da juíza foi enterrado, sexta (12), no Maruí, Barreto.

PF pode participar das investigações
A Polícia Federal também deve participar das investigações do assassinato da juíza Patrícia Acioli, conforme informou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Uma das exigências do ministro é que a apuração seja rigorosa, o que exige melhor estrutura para acompanhamento do caso.

O crime, ocorrido na noite de quinta-feira (11), em Piratininga, Niterói, foi encaminhado à Delegacia de Homicídios (DH) da Barra da Tijuca. O delegado titular da DH, Felipe Ettore, disse que ouviu até a tarde de ontem 10 pessoas, entre amigos, familiares, vizinhos e o namorado da magistrada, o policial militar Marcelo Poubel. “Estamos com 60% do efetivo da DH trabalhando na investigação. Já sabemos que a juíza foi atingida por 21 disparos e colhemos no veículo cápsulas de pistola calibre 40 e 45 que serão analisadas”, disse.

Ainda segundo informações da Delegacia de Homicídios, foi recolhido no local do crime um computador que pertence a associação de moradores, que teria flagrado imagens dos criminosos. “As câmeras não flagraram a ação dos marginais, mas podem ter gravado o momento em que os autores passaram próximo a uma ponte que dá acesso a rua em que vivia a magistrada”, disse um policial.

Para auxiliar no inquérito, o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Soares Lopes, disponibilizou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) para trabalhar em conjunto com os promotores de justiça que investigam o crime.

Ao mobilizar os membros do MP-RJ especializados no combate às organizações criminosas, o procurador-geral de Justiça busca contribuir para que inquérito seja conduzido de forma rápida, despersonalizada e com o máximo de qualidade, garantindo, assim, a punição de todos os envolvidos.

Lopes também mantém contato com a Secretaria de Segurança e a Promotoria de São Gonçalo para a adoção de todas as providências necessárias à apuração do homicídio e para garantir a segurança dos membros do MP-RJ.
“O MP-RJ está acompanhando todas as linhas de investigação para identificar os culpados o mais rápido possível”, disse Cláudio Soares Lopes.

Juíza de jeito simples e caseira
De acordo com familiares, Patrícia Acioli recebia ameaças há pelo menos 5 anos. “Ela era considerada uma juíza linha dura, martelo pesado que chamam. Condenação era sempre pena máxima, condenou gente ligada a máfia do óleo, máfia da van, milícia em São Gonçalo que estava crescendo absurdamente.
Policiais envolvidos com desvio, com corrupção, envolvimento com tráfico. Ela andava com segurança, mas há cerca de 3 anos passou a andar sem escolta. Era uma juíza que vinha relatando casos frequentes de ameaça de morte”, disse o primo da juíza, jornalista Humberto Mauro.

Simplicidade - Sobre o estilo simples de viver, familiares disseram que era uma proposta de vida. “Ela sempre foi simples. Poderia morar em condomínios de luxo. Há pouco tempo ela comprou essa casa, reformou e se mudou. Ela estava assim tão despreocupada que o carro dela não é blindado, o portão não é eletrônico, ela inclusive iria sair do carro para abrir. Foi um crime encomendado, de profissional”, lamentou.

Fonte: Jornal O São Gonçalo



HISTORIA DE ITABORAÍ PARTE 2

Itaboraí, cidade histórica do Estado do Rio de Janeiro, localizado na região metropolitana, tem o orgulho de ser o resultado de três importantes vilas do passado colonial e imperial do Brasil: A maior delas, a Vila de Santo Antônio de Sá, a 2ª formação do Rio de Janeiro, no recôncavo da Guanabara; A Vila de São de Itaboraí, inicialmente uma parada de tropeiros, e que mais tarde se tornaria o maior produtor açucareiro da região e principal entreposto comercial ligando o norte fluminense a capital da província; e a Vila de São José Del Rey (conhecida como São Barnabé, ou Itambi), cuja região fora uma importante Missão Jesuítica entre os índios Tamoios que por aqui habitavam.
Para entender a história de Itaboraí, é importante entender como se deu o povoamento de toda a região, e que a ocupação territorial foi condicionada a diversas variáveis, como a proximidade de rios navegáveis, como foi o sertão do Macacu, ou mesmo de fins catequistas, como foi a dos Jesuítas na região de Cabuçú e Itambi, ou a localizações estratégicas em rotas de tropeiros, como foi o caso de Itaboraí, o que também acabou beneficiando o desenvolvimento econômico com os grandes engenhos, dentre outras razões.

Ruínas do Convento de São Boaventura na antiga Vila de Santo Antônio de Sá
                                                                                              
É no século XVI que se dá a ocupação dos “sertões do Rio Macacu” pelos colonizadores portugueses, pois em 1567 o fidalgo português Miguel de Moura recebeu uma sesmaria (grande extensão de terras) na planície do Rio Macacu (José Matoso Maia Forte - 1937). Entretanto, apesar da abertura de fazendas e engenhos de cana-de-açúcar na região*, o primeiro povoamento no Recôncavo da Guanabara foi a Vila de Santo Antônio de Sá, fundada em 1697, às margens do Rio Macacu.
*O ato de criação da vila de Santo Antônio de Sá seria uma mera curiosidade histórica não fosse o fato de que a descrição da solenidade constitui uma fonte rica de informações sobre a estrutura social que estava sendo criada no sertão do Macacu. Não só a maior parte das terras pertenciam a um grupo muito pequeno de indivíduos, como os laços familiares entre eles garantiam o controle das terras, fosse por casamento ou herança. Assim estavam presentes naquela solenidade membros das famílias dos Duque Estrada, dos Sardinha, dos Silva, dos Costa Soares, dos Pacheco e dos Azevedo Coutinho (às vezes escrito Azeredo Coutinho). Cada família era associada à uma parcela do território: por exemplo, os Azevedo Coutinho e os Sardinha eram donos de terras e engenhos em Itapacorá; os Sardinha também eram proprietários em Macacu e Guaxindiba, e assim por diante (Forte,1984).
A Vila de Santo Antônio de Sá, suas freguesias e povoados, experimentou um grande desenvolvimento econômico, parte por sua localização, tendo em toda região, entrepostos comerciais que recebiam, via escoamento fluvial, a sua produção; a da região serrana e interior fluminense, através de seus rios como o Macacu, Casseribu e Aldeia. Porém, anos de desmatamento desordenado, tornando as áreas aráveis em charcos, e o conseqüente assoreamento dos rios, não só foi destruindo o potencial produtivo, mas, também, cooperou na proliferação de mosquitos, vetores de doenças como a febre amarela e a malária, o que resultou, a partir de 1829 no início da extinção da Vila (então a mais atingida pelas doenças).  As “Febres do Macacu” foram tão marcantes que nos anos que se seguiram, as pessoas evitavam retornar ao lugar, devido ao medo que se instalou (Num ofício ao Marquês de Caravelas, que era Ministro e Secretário dos Negócios do Império, em 25 de agosto de 1830, Francisco José Alves Carneiro, Juiz de Fora da Vila de Sto Antônio de Sá, fazia saber sobre a Vila já se encontrar quase deserta, contando, talvez, com meia dúzia de homens, levando-se em conta que a Vila chegou a contar com uma população de 19.000 almas.

Capela da Fazenda Itapacorá –Séc. XIX
Com relação ao povoamento de Itaboraí, ou Tapacorá, como a região era conhecida, nas crônicas “Reminiscências de Itaboraí”, do escritor e acadêmico Salvador de Mendonça, e publicadas no jornal “O Brasil, de 1907”, o autor fala o seguinte sobre Itaboraí:
“No século XVII, o governador Salvador Corrêa de Sá mandou abrir a estrada de Campos dos Goytacases a Niterói. Essa estrada passava pela colina de Itaboraí, caminho de Vila Nova  e São Gonçalo. No alto da colina, à beira dessa estrada, havia uma fonte sob um bosque frondoso. Tornou-se esse lugar um ponto de parada para as tropas que por ali transitavam. Levantaram-se ranchos ao lado oposto da fonte, esses ranchos foram as primeiras casas itaboraienses. A fonte dera o nome ao lugar – ITABORAÏ que quer dizer “Pedra Bonita escondida na água”, e essa denominação nascera de haver no fundo da fonte, metido na pedra, um pedaço de quartzo que despertara a atenção dos índios do lugar.”
Defende-se que o altar-mor da igreja Matriz de São João fica exatamente sobre essa fonte, cujas águas foram encanadas, pela colina abaixo, até a “fonte da Carioca”, ao mesmo tempo que a igreja, e que ali ainda existe.
O surgimento do povoado se dá graças a essa parada de tropeiros que,  em 1672,  com  a inauguração da Capela de São João Batista, por iniciativa de tropeiros, em substituição a antiga capela da fazenda do Iguá, erguida por João Vaz Pereira em 1622, que ficava em Venda das Pedras, recebendo, inclusive, os seus retábulos.
Como podemos perceber, já existiam engenhos pela região, conforme descrito acima  na fundação da Vila de Santo Antônio de Sá. E esses engenhos de açúcar foram os responsáveis pelo desenvolvimento econômico de Itaboraí, sendo a principal atividade econômica do vale do Macacu-Casseribu na época colonial  (séculos XVIII e XIX), constituindo grandes engenhos. E durante a maior parte do século XIX e até meados do século XX com a usina de Tanguá, permaneceu como parte da paisagem apesar de perder gradativamente sua importância econômica. Também é preciso lembrar que o açúcar foi durante séculos um dos produtos tropicais mais valorizados no mercado estrangeiro. Por isso mesmo tornou-se o principal produto de exportação das pequenas colônias luso-brasileiras que foram sendo implantadas na costa atlântica, logo que os primeiros colonizadores verificaram a aptidão de algumas terras ao seu plantio.
Outra região que se destacou muito foi o povoado de Porto das Caixas, então ligado a Santo Antônio de Sá, e que surgiu no início do século XVIII, cujo nome não vem do acaso, e sim, o fato de ter se tornado um importante entreposto comercial, sendo o responsável pelo escoamento da produção agrícola de nossa região e o interior fluminense, chegando pelo Rio Aldeia e, no seu porto, a produção encaixotada, para o transporte à Europa. Com isso, o seu crescimento foi tal, que chegou até mesmo a contar com uma vida cultural muito ativa, contando, inclusive com dois teatros, e um comércio muito bem estabelecido. Contudo, com a inauguração da Estrada de Ferro ligando a Cantagalo em 1860, e a Estrada de Ferro Carril Niteroiense, em 1874, ligando Niterói ( então capital da Província do Rio de Janeiro ) diretamente ao interior fluminense, viabilizando o escoamento mais vantajoso da produção cafeeira da região de Cantagalo e Nova Friburgo, o antigo entreposto de Porto das Caixas e a Vila de São João de Itaboraí entraram em declínio, em consequência da decadência do transporte fluvial, associado às epidemias e ao fim do trabalho escravo ( decretado em 1888 ), ocasionando grandes prejuízos aos fazendeiros itaboraienses.

Estação de Visconde de Itaboraí
Enquanto os portos fluviais entravam em decadência, a chegada da estrada de ferro à então vila de Itaboraí deu um certo alento ao comercio e à industria das olarias e cerâmica, permitindo o crescimento urbano e sua transformação de vila em cidade.
No século XX, depois de um período de declínio surge uma nova economia agrícola, que foi a laranja, que perdurou dos anos 20 até a década de 80. Cabe ressaltar que Itaboraí se tornou o maior produtor dessa cultura no Rio de Janeiro, e 2º no Brasil chegando até a ser conhecida por “Terra da Laranja”. Já a arte em cerâmica esteve sempre presente na cultura e na economia do município, sendo registrada entre os nossos índios, nos próprios engenhos, que possuíam pequenas olarias para confecção em argila dos invólucros para transporte de açúcar, cuja tradição se perpetuou pelo século XX, ampliada pela indústria cerâmica que recebeu novas tecnologias na década de 40, mecanizando a produção.
Após experimentar um período de destaque na produção de laranja durante boa parte do século XX A partir de 1929), vê-se mais uma vez o declínio, pois as terras já não mais produziam laranjas de boa qualidade (O motivo não era o fato das terras serem cansadas e sim os erros na técnica de plantio, no transporte e colheita e a falta de adubação, mostrando o caráter especulativo do empreendimento), e a indústria ceramista, antes aquecida, não buscou novas tecnologias que fossem mais eficazes, ou menos poluentes, perdendo mercado para outras regiões e estados do Brasil. Porém, ao contrário da laranja, não se extinguiu, mas de grande empregador em meados do século XX, resume-se hoje a umas poucas unidades, sendo que algumas se aprimoraram.)
O fato que ora descrevemos e a construção da ponte Rio-Niterói aceleraram o processo de urbanização em Itaboraí, que torna-se uma “cidade-dormitório”, a partir da década de 70, estimulando uma especulação imobiliária que criou novos problemas ambientais na região, pois as antigas áreas de plantações de laranja foram convertidas em loteamentos sem nenhuma infraestrutura urbana em praticamente todos os distritos (cabe lembrar que não haviam políticas públicas organizadas, ou definidas de zoneamento urbano, e nem leis muito claras, à época, diferentemente de hoje), e isso trouxe sérios problemas para o município, que hoje assume todo o ônus desse problema, inclusive chegou a ser considerado, uma região de baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, como um dos municípios mais pobres do estado. Ainda hoje, Itaboraí tem boa parte de sua população empregada na capital, em Niterói, São Gonçalo e até em alguns municípios da Baixada Fluminense, mas vivemos uma inversão econômica com novos empreendimentos no município, transformando Itaboraí de satélite, ou dormitório, numa cidade pólo para pelo menos 12 municípios.

Vista parcial da localidade de Rio Várzea (ao fundo) no final da década 60 no século passado, bem diferente de hoje, 40 anos depois.



Mas uma outra forma de riqueza se tornou especialidade de Itaboraí durante toda a sua história: a de formar expoentes, seja na literatura, na política, ciências ou mesmo nas artes. E dentre eles podemos destacar José Leandro de Carvalho (1788-1834) que foi um grande pintor colonial, o dramaturgo João Caetano dos Santos ( 1808-1863); o primeiro Presidente da Província do Rio de Janeiro, Joaquim José Rodrigues Torres ( 1802-1873 ), o Visconde de Itaboraí; o sociólogo e jurista Alberto de Seixas Martins Torres ( 1865-1917 ); o romancista Joaquim Manoel de Macedo ( 1820-1882 ), autor de “A Moreninha” e o diplomata, escritor e acadêmico Salvador de Menezes Drummond Furtado de Mendonça ( 1841-1913 ).e Alberto Frederico de Moraes Lamego (1870-1951) — historiador.


Joaquim Manoel de Macedo
Agora, na primeira década do século XXI, uma nova mudança ocorre na região, que além do progresso e do desenvolvimento econômico com a instalação do Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, um investimento de vulto que será construído numa área de 45 milhões de metros quadrados. A produção de resinas termoplásticas e combustíveis consolidará o Rio de Janeiro como grande concentrador de oportunidades de negócios no setor, estimulará a instalação de indústrias de bens de consumo que têm nos produtos petroquímicos suas matérias-primas básicas e irá gerar uma grande quantidade de empregos. Com isso, a história novamente se reescreve, colocando aquela mesma Itaboraí próspera do século XIX, na Itaboraí do novo milênio.
E imaginar que Itaboraí, de origem tão despretensiosa como uma parada de tropeiros, vê-se, com o passar do tempo, daquela dos grandes engenhos e portos, de grande influência econômica, e política no século XIX, e que cedeu ao Brasil grandes políticos, pensadores e artistas, e que agora, em pleno século XXI, volta a ser um oásis, e como sempre foi sua vocação, recebendo e abrigando pessoas de muito longe, que buscam novas oportunidades, e que trazem também, novas esperanças, e que ao escolher esta terra como sua terra, estão, com o seu bravo povo que amam a sua memória, construindo uma nova história.

Prof. Cláudio Rogério S. Dutra


sábado, 20 de agosto de 2011

Buraco em frente a Igreja Nossa Senhora da Conceição

Um grande buraco está se formando em frente a Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Porto das Caixas, causada pela falta de manutenção do poder público e pelo grande Fluxo de carros e caminhões. O problema está trazendo transtorno para toda comunidade o que mais se vê são carros arrastando o fundo e quebrando no local. Quando chove forma uma grande poça d’água e as pessoas precisam passar correndo para não se molharem. 

                         

Lembrando que esta é a única pista de acesso, pois a pista lateral estar interditada a mais de dois anos, devido também a omissão e o abandono no qual está levando o desmoronamento do 1º Túnel Ferroviário do Brasil. Aguardamos uma solução do poder público!!! Pois não agüentamos mais tanto descaso!!!!

Escrito por Ramon Vieira


OPORTUNIDADE!!!! ABERTAS 1.489 VAGAS DE EMPREGO!!!!

Quem busca uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho ja pode preparar o currículo e enviá-lo à consultoria Confiança RH. Esta semana, são oferecidas 1.489 oportunidades, distribuídas por cargos de todos os níveis escolares. Para concorrer, os interessados devem estar de acordo com a exigência estabelecida para a função.

Operador de telemarketing é o cargo que conta com maior oferta: 800, com exigência de nível médio completo, com atuação em Niterói e no Rio de Janeiro.

Para concorrer a uma das chances, os interessados devem enviar currículo por e-mail para curriculum@confiancarh.com.br, informando o nome do cargo pretendido no campo Assunto.

Fonte: Jornal O São Gonçalo

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

COMPERJ: O ‘Peixe’ chegou! E agora?

Visto do ‘céu’, em imagem de satélite, a área onde está sendo construído o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) tem formato semelhante à silhueta de um gigantesco peixe avermelhado, de 45 milhões de metros quadrados - o equivalente a cinco bairros de Copacabana. Cravado no coração de Sambaetiba, distrito rural de Itaboraí, sua gênese foi anunciada pela Petrobras em março de 2006, com destino traçado: nasceu para ser o maior polo da indústria petroquímica no País, com investimento de US$ 8,4 bilhões - ou R$ 17,6 bilhões. O DNA do ‘Peixe’ anunciava a construção de uma refinaria de padrão internacional, com tecnologia de ponta para refinar o óleo pesado vindo da Bacia de Campos. O Complexo - cuja obra termina em 2014 - irá começar a operar em 2015, gerando 150 mil empregos diretos e indiretos, o que vai mudar o perfil socioeconômico da região, que engloba 23 municípios influenciados pelo empreendimento.

Mas, quando chegar a hora do ‘banquete’, será preciso ter cuidado com as espinhas do ‘Peixe’. A ‘Dubai brasileira’ -analogia que compara Itaboraí ao emirado árabe rico produtor de petróleo, no Oriente Médio - poderá ser uma miragem na vida de seus cidadãos. A reboque do progresso, a fisiologia do ‘Peixe’ esconde, em suas ‘entranhas’, efeitos colaterais já experimentados por cidades como Macaé, no Norte Fluminense. Em meio à euforia desenvolvimentista provocada pelos royalties do petróleo, a partir da década de 80, a cidade teve uma explosão populacional, cresceu de forma desordenada e sofre até hoje com o aumento da criminalidade. Entre 1980 e 2010, Macaé teve a taxa de homicídios dolosos triplicada, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). Itaboraí pode seguir o mesmo caminho: a população da cidade, que atualmente é de 220 mil habitantes, deve chegar a 1 milhão até 2021. Projeção do ISP alerta que, se o município não se preparar, a migração de trabalhadores em massa pode iniciar um processo de favelização, multiplicando por quatro a taxa de homicídios nos próximos nove anos.

Cinco anos após a ‘inseminação’ do Comperj na fauna e flora do Leste Fluminense, O SÃO GONÇALO mergulhou no ‘aquário’ do ‘Peixe’ - Sambaetiba - e visitou as cercanias de seu ‘habitat’ para descobrir e registrar os primeiros impactos políticos, socioeconômicos e ambientais e, também, contar as histórias de pessoas atingidas pelas ‘escamas’ do polo. Durante um mês, a reportagem percorreu cerca de 250 km no município, por áreas rurais e urbanas, de plantações de laranjas a canteiros de obras. Foram entrevistadas mais de 50 fontes, ligadas ao poder Executivo nas esferas municipal, estadual e federal, polícias Civil e Militar, Secretaria de Estado de Segurança, além de ambientalistas, funcionários de cartórios, representantes de associações de moradores e de produtores rurais, cientistas sociais, lavradores, pecuaristas, agrônomos, comerciantes, construtores e operários da construção civil.

No rastro das cifras astronômicas, estatísticas, relatórios oficiais e estudos acadêmicos que permearam os cinco primeiros anos de gestação do polo, a série ‘O Peixe chegou! E agora?’ vai mostrar a transformação por que passa a região e seus efeitos na vida dos moradores. Dar voz a seus habitantes, de famílias que chegaram há décadas em Itaboraí e que hoje vivem entre a expectativa de dias melhores e a incerteza do amanhã. Histórias como a de D. Almerita, de 109 anos, que viveu o apogeu do Ciclo da Laranja. Do seu Jobson, ex-servente de obras que virou pintor, ascendeu da classe D para a classe C, comprou freezer, geladeira e vai reformar a casa. Do ex-produtor rural Juarez, cujo pai vendeu a fazenda para a Petrobras por R$ 700 mil e hoje vive de renda, mas não sai ‘de jeito nenhum’ de Sambaetiba. Do operário cearense José Nauri, 48, que chegou em Itaboraí em 2008 para trabalhar no Comperj e conheceu o amor de sua vida, a itaboraiense Valéria Silva, 31, com quem casou. O ‘Peixe’ já faz parte da vida dessa gente que carrega uma pergunta em comum -ainda sem resposta: “O Comperj chegou! E agora?”.
     Fonte: Jornal O São Gonçalo, por Ricardo França.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Itaboraí recebe Tesouros do Museu Nacional


A cidade do petróleo receberá mais um grande tesouro nesta quinta-feira (11/08). Só que desta vez, a riqueza recebida por Itaboraí é na área cultural. Após ser inserida no Sistema Brasileiro de Museus, a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres receberá uma das exposições mais importantes do país: os “Tesouros do Museu Nacional”. A mostra reúne 103 reproduções de peças do acervo arqueológico e paleontológico do Museu Nacional. Serão apresentados ossos, cerâmicas e fósseis.

 De acordo com a Fundação de Arte e Cultura de Itaboraí (FAC), os destaques da coleção são as réplicas da estátua egípcia do deus Osíris, a reconstituição da face de Luzia, que é considerado o mais antigo fóssil humano das Américas e o iguanodonte, um dinossauro que viveu há aproximadamente 100 milhões de anos. Segundo o Diretor da FAC, Cláudio Rogério, a exposição tem um sabor especial para Itaboraí, já que Heloísa Alberto Torres foi a primeira mulher a ser diretora da instituição.

“Esta é uma mostra de importância nacional e muito nos orgulha que ela esteja em Itaboraí. Podemos até dizer que é uma homenagem ao legado de Heloísa Alberto Torres, que foi diretora do Museu Nacional. Em 200 anos de existência da casa, nenhuma exposição deste porte havia vindo para Itaboraí, o que nos deixa muito honrados e marca a inclusão de Itaboraí no circuito nacional de museus”, afirmou.

A exposição que é uma parceria entre a Associação Brasileira de Cidades Históricas (ABCH), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Museu nacional – UFRJ, a Fundação de Arte e Cultura e a Prefeitura Municipal de Itaboraí, tem abertura nesta quinta-feira (11/08), às 19h e contará com a presença do Superintendente do IPHAN-RJ, Carlos Fernando, da Superintendente do IPHAN-ES, Diva Maria Freire Figueiredo e da Diretora do Museu Nacional, Cláudia Rodrigues, que fará uma palestra sobre a exposição.

O Museu Nacional, que fica na Quinta da Boa Vista, em São Cristovão, no Rio de Janeiro, reúne os maiores acervos científicos da América Latina, além de laboratórios de pesquisa e cursos de pós-graduação. As peças que compõem as exposições abertas ao público, são parte dos 20 milhões de itens das coleções científicas conservadas e estudadas pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Invertebrados, Vertebrados, Geologia e Paleontologia.


Exposição: Tesouros do Museu Nacional

Data: 11/08 a 17/09

Horário: 9h às 17h

Local: Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, Centro, Itaboraí

Entrada franca


Por Elaine Trindade

ITABORAÍ E SUAS PRIORIDADES

O Município cresce a passos largos, o mega empreendimento COMPERJ avança a todo vapor, estradas sendo abertas, prédios sendo levantados, investimentos de bilhões no abastecimento de água  para a refinaria. Todos os olhos e todas as ações são voltados para o maior investimento já realizado pela Petrobras. Na contra mão deste desenvolvimento esta o crescimento desordenado da cidade, estimativas do IBGE é que a população irá dobrar ate 2017, sem planejamento e sem organização só resta para o município a favelização. Enquanto o COMPERJ cresce a população come poeira, a exemplo de PORTO DAS CAIXAS que hoje parece mais uma BR, o bairro já não tinha infra-estrutura agora com o aumento do fluxo absurdo de carros e caminhões  o bairro esta sendo destruído. Poeira, desapropriações, aumento da violência, desordem, falta de planejamento, transito caótico, etc,etc,etc. Estes são apenas alguns ônus em que nós já estamos vivendo. E cadê as ações do poder publico? Será que os olhos estão hipnotizados para o lado leste do município? Quando os olhos se voltarem para população talvez possa ser tarde de mais, para esta e para as gerações futuras. Para não se alongar e para mostrar que as prioridades são outras, vou deixar esta matéria que li no O globo. Enquanto bairros inteiros como ITAMBÍ, VISCONDE, AREAL, SAMBAETIBA E BOA PARTE DESTE MUNICIPIO, há anos não tem uma gota d`água encanada com abastecimento da  cedae, agora esta mesma ESTATAL (CEDAE), vai investir mais de um R$ 1 bilhão para o abastecimento de água para o COMPERJ. Muito menos da metade deste valor, daria para jorrar, dignidade nas torneiras  de TODA ITABORAÍ.


ESCRITO POR RAMON VIEIRA  



Cedae vai investir mais de R$ 1 bi para fornecer água para o Comperj

RIO - A Cedae, companhia de saneamento do Rio de Janeiro, vai investir mais de R$ 1 bilhão para fornecer água de reuso para abastecimento do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), que está sendo construído pela Petrobras em Itaboraí, na região metropolitana da capital fluminense.
O pré-contrato entre as duas companhias foi assinado hoje e prevê o fornecimento de 500 litros de água tratada por segundo em 2013 e de 1.500 litros por segundo em 2017.
Para fornecer água para o Comperj, a Cedae construirá um duto ligando a estação de tratamento de Alegria, às margens da Baía de Guanabara, até a estação de tratamento de São Gonçalo, de onde sairão novos dutos até o pólo industrial.
O presidente da Cedae, Wagner Victer, afirmou que a empresa ainda está negociando as empresas que farão a obra. "Todos os detalhes serão finalizados no contrato definitivo que será firmado com a Petrobras em 180 dias", disse Victer, lembrando que o volume de água a ser fornecido é equivalente ao consumo de uma cidade de 700 mil habitantes.
O volume de água que será enviado ao Comperj atualmente é tratado na estação Alegria e devolvido à Baía de Guanabara. Agora, será construída uma unidade terciária em Alegria para deixar a água com a qualidade requerida pela Petrobras.
A primeira refinaria do Comperj deverá ficar pronta no final de 2013, com capacidade de produzir 165 mil barris por dia. A unidade petroquímica entrará em operação em 2016 e a segunda refinaria, com mais 165 mil barris, no final de 2017.
O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, não revelou qual será o custo total para construção do Comperj. Segundo ele, o valor será divulgado juntamente com o Plano de Negócios 2011/2015, que deverá ser levado à diretoria e ao conselho de administração ainda este mês.
"Antes de ter esse plano aprovado, não tenho como falar de valores", disse, lembrando que o valor anterior era de US$ 8,5 bilhões, mas para um projeto que considerava apenas uma refinaria petroquímica. Atualmente o projeto que está sendo posto em prática é de duas refinarias e um complexo petroquímico.
Jornal O Globo

domingo, 14 de agosto de 2011

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.


Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Autor: Gonçalves Dias

sábado, 13 de agosto de 2011

História de Itaboraí

O desbravamento do território remonta à época da fundação de São Sebastião do Rio de Janeiro, quando foram doadas, nas circunvizinhanças, sesmarias onde se instalaram lavouras de cana-de-açúcar e engenhos de açúcar e aguardente. Estabelecidas as sesmarias, surgiu um povoado, ligado à Vila de Santo Antônio de Sá, servindo de matriz a capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, na Fazenda de Iguá, atual Venda das Pedras, propriedade de João Correia.

            Nas terras adjacentes a esse núcleo desenvolveu-se o futuro Município, que atingiu elevado grau de prosperidade econômica no segundo reinado, até 1860, quando Itaboraí representava uma das mais prósperas regiões fluminenses. Pelo Porto das Caixas, movimentado porto fluvial, escoava-se toda a produção agrícola local e das regiões próximas: era o açúcar exportado em caixas. daí resultando o nome do porto. Por essa época, era Itaboraí o celeiro do Rio de Janeiro e o maior empório comercial da Província. Ao chegar D. João VI ao Brasil, já então se encontrava uma elite formada. Era tal o desenvolvimento da freguesia, pelos progressos materiais e pela cultura de seu povo, que permitiu a Itaboraí competir com Niterói, quando da escolha da Capital da Província do Rio de Janeiro. Com a inauguração da estrada de ferro Cantagalo, penetrando no interior do Estado, decaiu o porto de sua importância comercial, refletindo-se o seu abandono na economia de todo o Município. Daí o declínio, apressado pela promulgação da Lei Áurea em 1888. Poucos Municípios sofreram tanto com a abolição como o de Itaboraí. Também as febres palustres, irrompidas às margens do rio Macacu, se espalharam pela vizinhança, contribuindo para acelerar essa decadência.

            Itaboraí tem sua história estreitamente vinculada à cultura do País, como berço de brasileiros ilustres, entre os quais se destacam as figuras de Alberto Torres, de João Caetano, de Joaquim Manoel de Macedo, de Salvador de Mendonça e de José Joaquim Rodrigues Torres, Visconde de Itaboraí primeiro presidente da Província do Rio de Janeiro.
Formação Administrativa
           
            Freguesia criada com a denominação de São João de Itaboraí, por Alvará de 18-01-1696, referem-se ainda à criação da Freguesia os decretos estaduais nº 1, de 08-05-1892, e 1-A, de 03-06-1892.
Elevado a categoria de vila com a denominação de São João de Itaboraí, pelo decreto de 15-01- 1833. Constituído do distrito sede. Sede na vila de São João de Itaboraí. Instalado em 22-05-1833.
            Por alvará de 29-01-1755 e lei provincial nº 188, de 14-05-1840, é criado o distrito de Vila Nova e anexado ao município de São João de Itaboraí.
Pela lei provincial ou decreto ou provincial nº 912, de 30-10-1856, e também por decretos estaduais nºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de Pôrto das Caixas e anexado ao município de São Joaõ de Itaboraí.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Itaboraí, pelo decreto estadual nº.38, de 16-01-1890.
            Pelos decretos estaduais nºs 1, de 08-05-1892 e 1-A- de 03-06-1892, é criado o distrito de Santo Antônio de Sá e anexado ao município de Itaboraí.
Pela lei estadual nº 966, de 31-10-1910, o distrito de Santo Antônio de Sá passou a denominar-se Sambaetiba.
            Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 4 distritos: Itaboraí, Pôrto das Caixas, Sambaetiba ex-Santo Antônio de Sá e Itambi ex-Vila Nova.
            Pela lei estadual nº 1807, de 15-01-1924, é criado o distrito de Tanguá e anexado ao município de Itaboraí, distrito formado com áreas desmembrado do distrito sede Itaboraí.
            Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Itaboraí, Porto das Caixas, Vila Nova ex-Itambi, Sambaetiba e Tanguá.
            Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 5 distritos: Itaboraí, Itambi ex-Vila Nova, ex-Vila Nova de Itambi, Porto das Caixas, Sambaetiba, Tanguá.
Pelo decreto estadual nº 641, de 15-12-1938, é criado o distrito de Cabucú e anexado ao município de Itaboraí, distrito formado com parte da área do distrito sede de Itaboraí. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído 6 distritos: Itaboraí, Cabuçu, Itambi, Porto das Caixas, Sambaetiba e Tanguá.
            Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-I-1991.
Pela lei complementar nº 6, de 05-04-1993, são criados os distrito de Pacheco e Manilha anexado a município de Itaboraí, distrito de Pacheco formado com parte da área dos distritos sede de Itaboraí, Cabuçú e Tanguá e distrito de Manilha formado com parte da área dos distritos de Itaboraí e Itambí.
Pela lei complementar nº 3, de 05-04-1993, é criado o distrito de Visconde de Itaboraí e anexado ao município de Itaboraí, distrito formado com parte da área do distrito de Itambi.
            Em "Síntese" de 31-XII-1994, o município é constituído de 9 distritos: Itaboraí, Cabuçu, Itambi, Manilha, Pacheco, Porto das Caixas, Sambaetiba, Tanguá e Visconde de Itaboraí.
            Pela lei estadual nº 2496, de 28-12-1995, desmembra do município de Itaboraí o distrito de Tanguá. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 8 distritos: Itaboraí, Cabuçu, Itambi, Manilha, Pacheco, Porto das Caixas, Sambaetiba e Visconde de Itaboraí.
            Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 5 distritos: Itaboraí, Cabuçu, Itambí, Porto das Caixas, Sambaetiba. Não figurando os distritos de Manilha, Pacheco e Visconde de Itaboraí.
           Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal, São João de Itaboraí para Itaboraí, teve sua denominação simplificada pelo decreto estadual nº 38, de 16-01-1890.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DESCASO EM PORTO DAS CAIXAS

Como se já não bastassem os problemas da Rua do Acre em Porto das Caixas, como a falta de área de lazer, iluminação, segurança, pavimentação, rua toda esburacada e cheia de lama. Agora para piorar, parte da rua cedeu para dentro do rio Aldeia, impedindo o acesso e colocando a vida de varias pessoas em risco, principalmente das crianças que brincam próximo ao local. Isso ocorreu após o inicio das obras de ampliação da subestação da CEDAE, onde agora se tornou um jogo de empurra entre a prestadora de serviço ODEBRECHT, e as responsáveis conveniadas PETROBRAS E CEDAE de quem são a responsabilidade em resolver este problema.

A comunidade não agüenta mais tanto descaso, e como os inúmeros pedidos e reclamações não foram atendidos, organizada elaborou um abaixo assinado para cobrar e pressionar as partes envolvidas.

O documento foi entregue no dia 01-08-2011, segunda-feira. Aguardamos uma resposta formal das empresas e inclusive da prefeitura Municipal, que ate agora não procurou a comunidade para dar um posicionamento. Estamos buscando diálogo para resolução do problema, se nada for feito, o próximo passo é acionar o MINISTÉRIO PÚBLICO e entrar com uma ação contra as partes envolvidas. Não agüentamos mais tanto descaso a comunidade precisa ser tratada com mais respeito.   

Escrito por Ramon Vieira

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Desapropriação de 111 famílias em Itaboraí/RJ (atualizado)

PETROBRAS faz suas primeiras vítimas, com as obras do COMPERJ!

O processo de desapropriação foi movido pela CEDAE, envolvendo 111 famílias que moram no bairro da Vila Portuense no distrito de Porto das Caixas em
Itaboraí. A comunidade possui um total de 160 famílias, onde o Governo do Estado é proprietário das terras que residem famílias há mais de 35 anos. 

A empresa alega que precisa da área ocupada pelas casas para ampliar a rede de distribuição de água para o bairro. Moradores, porém, acusam que a intenção da CEDAE é atender ao Complexo Petroquímico da PETROBRAS que está sendo construído em Itaboraí. 

Processo No 0017772-53.2010.8.19.0023
Acompanhe o andamento do processo no link abaixo:
http://srv85.tjrj.jus.br/consultaProcessoWebV2/consultaProc.do?v=2&FLAGNOME&back=1&tipoConsulta=publica&numProcesso=2010.023.017878-1

Através da Defensoria Pública de Itaboraí, foi movido um recurso para suspender a desapropriação, com o prazo determinado de 30 dias, para as famílias abandonarem suas residências. (data limite dia 12/06/2011 – Domingo). 

Embora esteja desapropriando a área, a CEDAE está oferecendo uma bagatela pelo terreno ocupado pelas 111 família: apenas R$ 32.943,60, ou seja, menos de R$ 300 para cada família. O valor é inferior ao aluguel social pago pelo governo, por mês, aos moradores de áreas de risco desocupadas. Os integrantes das 111 famílias querem permanecer em suas casas até as obras do PAC previstas para o bairro ficarem prontas e eles ganharem novas casas.

O avanço chega à Itaboraí, mas não às pessoas comuns da cidade. A desapropriação coloca famílias nas ruas, sem ter para onde ir, se explica pela “evolução necessária da cidade”. Desde 2006, projetos e verbas do Governo Federal, foram liberados para as obras do PAC, nessa localidade, obras essas que não saíram do papel. Onde está esse dinheiro?

O que nos resta perguntar é: Somos nós que vamos ter que pagar a conta do desenvolvimento? A promessa de melhoria de vida que se daria com a instalação do Pólo Petroquímico, até agora não passa de propaganda eleitoral. Pessoas recebendo notificações judiciais com trinta dias para saírem de seus lares sem ter para onde ir, sendo que já deviriam estar em suas novas habitações. A Prefeitura e a CEDAE, aliam-se a favor do desenvolvimento que prejudica e exclui a maior parte da população Itaboraiense. 

Foto Aérea do Local e Mandado de Intimação:




Precisamos de sua ajuda para tornar público essa covardia!!!!
Entre em contato para saber melhor sobre o assunto com o Ramon e o Luciano que estão envolvidos na organização do processo de lutas instalado na cidade!


"Por causa do COMPERJ a CEDAE quer tirar a casa de todo mundo e deixar crianças e idosos ao relento. Mas nós não vamos deixar", afirmou o líder comunitário Ramon Vieira.


Ramon Vieira
9241-9209 (Oi) / 9939-5770 (Vivo)
E-MAIL: ramonvieirabtt@hotmail.com


Luciano Franklin.
9217-8272 / 8029-9413
E-MAIL: lucianoped@yahoo.com.br

Segundo o site PPQI a Secretaria Municipal de Habitação garantiu que as 111 famílias só sairão do local quando estiverem prontas as 160 casas construídas pelo PAC.

Ramon Vieira, organizador do movimento de resistência a desapropriação afirma que: 
“Existe um entendimento geral entre os moradores de não sair pacificamente se nada for feito. Depois de nós morarmos aqui, por mais de 30 anos, é inadmissível uma situação como essa”.