sábado, 17 de setembro de 2011

Porto das Caixas e o 1º Tunel Ferroviario do Brasil

Histórico

Porto das Caixas foi uma das províncias mais importante do Rio de Janeiro na época do Império, devido à privilegiada localização, perto do rio Aldeia (uma das vertentes do Rio Macacu), foram criados um porto fluvial e armazéns destinados a recolher os produtos das regiões vizinhas. Isso fez com que crescesse depressa o número de habitantes e o comércio, tornando o local um centro comercial, político, cultural e religioso da região. O nome “Porto das Caixas” originou a partir do envio dessas mercadorias em “caixas”, embarcadas no porto. Porém, no século XIX, os antigos caminhos terrestres de acesso a localidade e adjacências começaram a ser criticados pelas suas más condições, com pontes destruídas, estradas alagadas e etc, causando prejuízos às tropas de mulas que faziam esse transporte. Da mesma forma que os rios, com diversos trechos obstruídos a navegação, causavam danos aos artigos e atraso nas entregas. Assim, iniciou-se um plano de se construir uma ferrovia que ligaria Porto das Caixas ao interior do Estado, principalmente a região de Nova Friburgo e Cantagalo. Os trabalhos entã iniciaram em 8 de novembro de 1859 e o primeiro trecho, entre Porto das Caixas e Cachoeiras de Macacu, foi inaugurado em 23 de abril de 1860, período onde foi construído o primeiro Túnel Ferroviário do Brasil.

Portanto, Porto das Caixas funcionava como Guia de Pacobaíba: os passageiros e mercadorias vinham do Rio de Janeiro em chatas, entravam pelo rio e faziam baldeação para a ferrovia. Porto das Caixas continuou como estação inicial até 1866, quando a linha foi extendida até Itambí, antiga Vila Nova. Foi quando ela sofreu o seu primeiro baque, pois nesse local foi construído um porto com melhores condições. Em 1874, mais um baque com o prolongamento da linha até Niterói e em 1927 outro, com a inauguração da estação Visconde de Itaboraí e do contorno da Baía de Guanabara. A partir de então, Porto das Caixas passou a ser um mero entroncamento, função que permaneceu até o fim dos trilhos para Cachoeiras em 1973 (o trecho da serra até Portela foi erradicado em 1964). A estação sem qualquer função e já no osso foi demolida em 1980.
Hoje toda essa historia esta largada ao esquecimento e ao abandono, o Primeiro Tunel Feroviario do Brasil esta exatamente desta forma.
Um povo que não tem cultura esta fadado ao esquecimento. Este enorme patrimônio arquitetônico e cultural que poderia ser revitalizado para visitação turística, além de propagar o conhecimento geraria emprego e renda para comunidade. E cadê o poder publico? Mais uma vez apático às necessidades, potenciais e realidade do município. Está na hora de pensar este municipio com seriedade, reconhecer seu povo e seus potênciais e não os interesses mesquinhos de alguns.   

Autor Ramon Viera

2 comentários:

  1. Olá, amigo!!! Lembra de mim??? Anneliese Lobo rsrs Amei seu blog e fico muito feliz de ver um jovem da minha terra antenado e exercendo o papel de cidadão, principalmente contribuindo para a ação política da nossa Porto das Caixas... Bem, eu fiz jornalismo e estive aí a um tempo atrás em busca de informações para um projeto que tenho de produzir um documentário sobre essa magnífica história... Minha intenção era, pelo viés religioso (que é fantástico... cheio de mistério e altamente estigante) puxar questões sociais, políticas, históricas, etc, etc, etc... O que acha??? Tenho câmera profissional, o câmera (meu maridão), dá até pra investir em, quem saber, levar mais de um pra fazer uma coisa maneira, bem produzida... Acho que juntos poderiamos amadurecer essa minha ideia... que tal? Entra em contato por e-mail... Beijocas... e mande beijos pra minha lindona Emilene tb, tá?!

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  2. Parabens Ramon, pelo seu blog e pela importante publicação sobre do antigo túnel em Porto das Caixas da EF do Cantagalo. Moro do RJ e trabalho em projetos de engenharia com a Petrobras, mas sou natural de Itaboraí e sempre tive interesse em resgatarmos essa história perdida do nosso município. Acho que Itaboraí deveria aproveitar o momento do Comperj e buscar esse merecido resgate cultural, assim como o antigo Convento, que já está sendo reformado... Precisamos mesmo nos mobilizar. Conte com o meu apoio!
    Abs,
    Rogério Antunes

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